sexta-feira, 19 de novembro de 2010

seios de virgen

0 que eu sonho noite e dia,

O que me dá poesia

E me torna a vida bela,

O que num brando roçar

Faz meu peito se agitar,

E o teu seio, donzela!

Oh! quem pintara o cetim

Desses limões de marfim,

Os leves cerúleos veios

Na brancura deslumbrante

E o tremido de teus seios?

Ouando os vejo, de paixão Sinto pruridos na mão

De os apalpar e conter...

Sorriste do meu desejo?

Loucura! bastava um beijo

Para neles se morrer!

                                        Álvares de Azevedo                                         

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